Documento unificado: recomendações de procedimentos  durante a Pandemia do COVID-19

 

São Paulo, 06 de julho de 2020


Apresentação

A Rede USP de Profissionais de Museus e Acervos é composta por um grupo de servidores especializados nas áreas de museologia, conservação, documentação, pesquisa, expografia, educação em museus e gestão institucional que atuam nas diferentes instituições museológicas da USP e em outras unidades detentoras de acervos. A Rede é um processo em construção de uma estratégia que visa contribuir para a preservação e promoção do patrimônio histórico, cultural, artístico e científico universitário.

Esses profissionais buscam refletir sobre as condições e contribuir para o aprimoramento e eficiência dos processos de trabalho nas instituições neste momento inédito e emergencial de pandemia do COVID-19. Nas reuniões técnicas, busca-se compartilhar experiências sobre a salvaguarda e preservação dos acervos, segurança sanitária, desenvolvimento de estratégias de comunicação, ações educativas, gestão predial e infraestrutura. Ocorrem também discussões sobre orientações e protocolos adotados por outras instituições nacionais e internacionais, procurando a adequação às nossas realidades específicas.

Cabe notar que a USP mantém dezenas de museus, coleções, centros de divulgação científica e cultural, sendo uma das poucas instituições públicas que têm equipes experientes e dedicadas para cumprir essa tarefa.

Este documento tem o objetivo de compilar, registrar e compartilhar esses conhecimentos e reflexões sobre a prática técnica, servindo, assim, de orientação aos profissionais de museus e, propondo diretrizes e protocolos que podem ser somados a outras iniciativas, tanto nos diferentes museus e acervos da Universidade de São Paulo, como em outros museus universitários.


1. Durante a quarentena

Desde o início da quarentena, decretada pelo Governo do Estado de São Paulo a partir do dia 24 de março de 20201 (1 Decreto Lei Nº 64.881, estendida por 9 outros decretos, sendo o último o 65.032.), o trabalho das equipes dos Museus e Acervos da USP tem sido mantido 1 e marcado por adaptações de estratégias que envolvem gestão administrativa, salvaguarda, pesquisa, divulgação e atividades educativas, em ações presenciais e à distância, tendo como orientação básica garantir a proteção das equipes, do público e das coleções de cada núcleo museológico.

Nesse contexto, a Rede se rearticula e volta suas discussões para o enfrentamento das questões e desafios colocados pela pandemia. Iniciam-se reuniões virtuais, formam-se grupos de trabalho e pesquisa com apresentações regulares acerca dos temas apontados como prioridade.

A partir destas experiências considera-se primordial a observância das recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e as medidas sanitárias locais, de modo que o planejamento considere as especificidades de cada museu em seu contexto, tendo em vista as determinações do poder público.


1.1. Organização e atribuição de atividades

1.1.1.Planejamento e estabelecimento das atividades presenciais, levando em conta a análise da possibilidade de dar continuidade ou de adotar rotinas de trabalho específicas, tais como o regime de teletrabalho para os profissionais que possam executar seu trabalho de forma remota e o regime de escala de revezamento das equipes cuja presença é essencial;

1.1.2.Acompanhamento e atualização constantes dos procedimentos estabelecidos, a partir dos comunicados oficiais;

1.1.3.Orientação e acompanhamento virtual de estagiários e bolsistas em continuidade aos trabalhos, adequando-os às ações programadas.


1.2. Ações de comunicação

1.2.1.Ampliar e diversificar as ações virtuais de comunicação com o público em substituição de eventos presenciais que possam favorecer a aglomeração de pessoas;

1.2.2.Promover atividades virtuais para o público em geral, tais como: exposições, acesso ao acervo, palestras, atividades lúdicas e educativas;

1.2.3.Manter comunicação constante no site e demais mídias sobre serviços virtuais e a suspensão das atividades presenciais no museu;

1.2.4.Viabilizar as ações das equipes dos educativos às novas demandas da pandemia, destacando as características importantes das equipes permanentes;

1.2.5.Apresentar conteúdos preparados e adaptados à linguagem virtual, convidando o público a participar e interagir durante a visita às redes;

1.2.6.Adequar os planos de trabalho e fluxos internos envolvendo os diferentes setores, a fim de se constituírem relações harmônicas e orgânicas de produção e divulgação de conteúdos digitais.


1.3. Medidas de saúde

1.3.1.Recomenda-se que indivíduos pertencentes a grupos de risco mantenham-se afastados e em isolamento social até novas orientações médicas e da vigilância sanitária. O trabalho presencial deverá ser feito somente por pessoal que realiza serviços considerados essenciais, observando-se as recomendações para evitar o contágio;

1.3.2.Observar medidas de distanciamento físico, analisando a possibilidade de readequação dos espaços de trabalho, respeitando o limite do número de pessoas simultaneamente no mesmo local2 (2 A ocupação máxima dos espaços de pesquisa não deverá exceder 4 pessoas, simultaneamente, para cada 50 m2 (1 pessoa por 12,5 m2 ), segundo Instituto de Ciências Biomédicas.. Para atender a essa recomendação, rodízios e agendamentos podem ser necessários;

1.3.3.Evitar compartilhamento de objetos;

1.3.4.O usuário deve ser responsável pela desinfecção do local de trabalho (superfícies, cadeiras, bancadas, equipamentos e objetos manipulados) sempre que terminar a utilização;

1.3.5.Copas e sanitários devem ter atenção redobrada quanto à limpeza, ao número de usuários e ao distanciamento entre as pessoas;

1.3.6.Toda área de uso comum (espaços de trabalho, banheiros e copas) deve ser provida de dispensadores de álcool em gel ou frascos de álcool 70%. A instituição deve manter equipamento de proteção individual (EPIs) em estoque, tais como máscaras e luvas, e caso necessário disponibilizar para toda a equipe;

1.3.7.Limitar o acesso de pessoas que apresentem febre (temperatura igual ou superior a 37,8ºC);

1.3.8.Dar especial atenção ao fornecimento de água potável, verificando a possibilidade de substituir bebedouros por purificadores de água com torneiras;

1.3.9.Sugere-se que as pessoas que apresentarem sintomas de COVID-19 sejam afastados até a confirmação do diagnóstico. Os casos confirmados de COVID-19 deverão ser afastados e seguir as recomendações médicas(3 Conforme CODAGE/Diretrizes “Medidas temporárias e emergenciais contra o contágio pelo COVID-19”);

1.3.10.A fim de se evitar o uso da copa para refeições, sugere-se a adoção de turnos de meio período, realizados antes ou após o horário de almoço;

1.3.11.Deverá ser feita a desinfecção das áreas comuns e banheiros, no mínimo, nos intervalos entre turnos;

1.3.12.Sugere-se que a temperatura dos funcionários seja verificada diariamente;

1.3.13.Sugere-se que mesas e estações de trabalho sejam reposicionadas de modo a evitar proximidade entre os funcionários;

1.3.14.Sugere-se a testagem para COVID-19 dos funcionários (sorológico e por PCR);

1.3.15.Estas medidas devem ser reavaliadas periodicamente.


1.4. Salvaguarda

1.4.1.Adotar protocolo de inspeção de rotina com especial ênfase aos acervos, reservas técnicas e exposições, com registro das informações. Vistoriar equipamentos elétricos em funcionamento, portas e janelas de acesso ao edifício;

1.4.2.Durante a pandemia, é importante organizar uma escala de limpeza com pessoal reduzido e em regime de revezamento, utilizando somente os espaços indispensáveis para a instituição nesse período e atentando para a presença de insetos, fungos ou outras manifestações incomuns;

1.4.3.A vistoria das áreas de guarda de acervo e reserva técnica deve ser realizada regularmente, alternando os membros da equipe em inspeções semanais. A limpeza do local deve ser avaliada de acordo com as especificidades de cada instituição, respeitando-se os cuidados de acesso e escolha dos produtos para higienização.


1.5. Funcionamento dos equipamentos de ar-condicionado

1.5.1.Monitorar constantemente a qualidade do ar em ambientes climatizados artificialmente. Sugere-se executar análise microbiológica (físico-química) do ar, conforme Resolução 09 da ANVISA, com periodicidade de até 6 meses, e fazer as correções dos desvios identificados nos laudos;

1.5.2.Ajustar a renovação do ar externo em maior vazão possível, dar atenção às rotas de ventilação e, se necessário, instalar dispositivo de renovação de ar. A ventilação pode reduzir a concentração do COVID-19 no ar e, portanto, o risco de transmissão. Manter os sistemas em operação por mais tempo, se possível 24 horas por dia, 7 dias por semana, para melhorar a qualidade do ar interno. Caso não exista dispositivo de renovação de ar interno instalado, recomendamos providenciar sua aquisição e instalação. Se não for possível instalar dispositivo ou sistema para a renovação de ar, recomendamos abrir portas e janelas para garantir a renovação do ar em maior vazão possível (ABRAVA). Estudar a possibilidade de adquirir purificadores de ar para áreas de acervo e reservas em que a renovação do ar não seja possível;

1.5.3.Reforçar medidas de higienização dos equipamentos de ar-condicionado, aumentar a frequência de limpeza das casas de máquinas e da área interna das bocas de ar (fan-coils e serpentinas), garantir que todo o sistema de climatização esteja limpo e higienizado, principalmente as bandejas, sifões, ventiladores e dutos de distribuição de ar. Executar a limpeza dos equipamentos utilizando produtos químicos conforme a orientação da Nota Técnica 34/2020 da ANVISA e RENABRAVA 08 – Uso de Produtos Químicos em Sistemas de AVAC-R. Garantir o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) como óculos, luvas descartáveis e máscaras para respiração durante as atividades de operação e manutenção dos equipamentos;

1.5.4.Atenção especial a medidas de filtragem do ar: aumentar a frequência de troca de filtros de ar e remover os filtros descartáveis somente por meio de sacos plásticos. A norma para museus é G3+F8 (classe mínima de filtragem NBR16401-3). Poderia ser evoluído para G4+F9, mas há necessidade de verificação técnica da capacidade dos condicionadores de ar. Não recomendamos o uso de filtros absolutos (Hepa);

1.5.5.Averiguar a necessidade e possibilidade de implantação de sistemas de desinfecção. Estudar a possibilidade de utilização de IUVG (Irradiação Ultravioleta Germicida) dentro dos condicionadores de ar (nas serpentinas). O uso de novas tecnologias deve ser considerado desde que sua eficácia e segurança para as obras e os usuários sejam comprovadas.


1.6. Formação

1.6.1.Treinamento e atualização relacionados a:

   ● Sistemas de segurança e higienização em museus;

   ● Produção de conteúdos digitais para o público;

   ● Abordagem do público em período de pandemia;

   ● Linguagens das mídias sociais;

   ● Demais temas correlatos ao trabalho.

1.6.2.Participação em grupos de trabalho (inclusive nesta Rede USP de profissionais de museus e acervos), webinários e discussões sobre cultura e educação durante a pandemia.


2. Processo de reabertura ao público

Assim como assinalado nos documentos do ICOM Brasil e do IBRAM, acreditamos que a reabertura dos museus e acervos da USP deva ser um processo composto por etapas de avaliação até a reabertura total e retomada de todas as ações. Isso deve ser feito de forma planejada e gradativa, preferencialmente com a formação de grupos de trabalho internos com constantes avaliações, levando em conta a saúde dos profissionais, dos visitantes e a salvaguarda dos acervos.


2.1. Preparação para a chegada do público

2.1.1.Avaliar a pertinência ou não da adoção de protocolos de demais setores que lidam com fluxo de público e aglomeração (shoppings, supermercados e etc.);

2.1.2.Disponibilizar álcool em gel na recepção, banheiros e áreas comuns;

2.1.3.Os trabalhos internos e a reabertura ao público externo devem estar alinhados com as diretrizes da Reitoria para o retorno das aulas de graduação e pós-graduação, bem como para a reabertura dos espaços culturais;

2.1.4.Compra de equipamento para aferição de temperatura, com devido treinamento dos funcionários encarregados da atividade;

2.1.5.Designação e treinamento de profissionais de recepção para abordagem do público no cumprimento do uso obrigatório de máscara, conforme Decreto Estadual 64.959/2020 e Resolução SS – 96(4 As denúncias sobre locais com pessoas sem máscara poderão ser feitas pelo telefone 0800 771 3541, disque-denúncia da Vigilância Sanitária. Para mais informações: https://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/tire-suas-duvidas-sobre-o-uso-obrigatorio-de-mascara-em-sp/).


2.2. Ações de Comunicação

2.2.1.Preparar comunicação para site e demais mídias sobre o atendimento diferenciado, com orientações sobre como proceder na visita ao museu;

2.2.2.Avaliar o engajamento digital da instituição nas redes sociais e criar um plano de continuidade das ações de acordo com a disponibilidade das equipes e objetivos institucionais;

2.2.3.Avaliar as novas interações e fluxos de trabalho interno entre equipes e, se possível, dar continuidade às ações cooperativas entre as áreas;

2.2.4.Organizar ações on-line com base em critérios que possam responder às demandas de professores e alunos da rede de ensino;

2.2.5.Estabelecer contato com as Secretarias de Educação e líderes comunitários para disponibilizar programas que sejam adequados e que possam colaborar com os conteúdos desenvolvidos nas salas de aula virtuais e em outros espaços comunitários;

2.2.6.Dar continuidade à pesquisa e preparação de cursos on-line (adaptação de cursos de difusão cultural presenciais), além de novas propostas.


2.3. Adaptação para o fluxo de visitas

2.3.1.Definir a capacidade de público (número máximo de visitantes por ambiente e turnos de visitação), considerando o distanciamento físico mínimo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS);

2.3.2.Recomenda-se limitar o número máximo de pessoas por metro quadrado para permitir uma distância de segurança de 1,5 m entre cada visitante;

2.3.3.Analisar e planejar a adoção de regras de circulação, com marcação no piso, barreiras, entre outras providências. Adotar fluxo de visita unidirecional, aumentando a capacidade de controle dos públicos;

2.3.4.Estudar as medidas necessárias para adaptação das áreas de bilheteria e guarda-volumes, garantindo o distanciamento físico, além de priorizar formas de pagamento com cartões magnéticos ou bilheteria on-line. Estudar políticas de gratuidade;

2.3.5.Adaptar os sistemas tecnológicos interativos para uso sem contato, se não for possível, recomenda-se o desligamento e isolamento dos dispositivos;

2.3.6.Considerar horários de funcionamento dedicados a determinados grupos (por exemplo, maiores de 60 anos de idade);

2.3.7.Evitar o acesso de pessoas que apresentem temperatura acima de 37,8 ºC e recomendar a procura de atendimento no Sistema de Saúde;

2.3.8.Evitar formação de filas e aglomerações nos diversos espaços, sinalizando o distanciamento de 1,5 m;

2.3.9.Garantir a distância entre os visitantes e os balcões de recepção, possivelmente instalando barreira transparente para proteger funcionários e visitantes;

2.3.10.Fechar os guarda-volumes que requeiram a presença de funcionários, a fim de evitar manuseio e contato desnecessários (os armários podem permanecer disponíveis se forem desinfetados regularmente entre os usos);

2.3.11.Priorizar a continuidade do trabalho educativo com grupos por meio de mídias digitais até que se tenha um nível de segurança adequado para os encontros presenciais;

2.3.12.Disponibilizar materiais digitais educativos para que pessoas e grupos preparem-se com antecedência para as visitas e evitem aglomerações nas dependências dos museus; 

2.3.13.Avaliar a redução do número de pessoas em grupos agendados, assim como o tempo de duração dos atendimentos/visitas. Priorizar espaços abertos para a realização das conversas;

2.3.14.Evitar o uso de ateliês e salas de atividades, bem como ações que envolvam o manuseio de materiais;

2.3.15.Priorizar o público regular e em vulnerabilidade social no desenvolvimento das ações educativas a distância ou presenciais, tais como idosos, moradores de comunidades, pessoas com necessidades especiais , a ser realizado de acordo com cada realidade institucional.


2.4. Medidas de saúde

2.4.1.Além da continuidade das medidas apontadas no item 1.4, sugere-se:

2.4.2.Realizar as reuniões de trabalho, sempre que possível, no formato virtual ou observar as medidas de distanciamento e higiene para encontros presenciais;

2.4.3.Manter as portas e janelas abertas, a fim de promover a ventilação e evitar manuseios desnecessários. Caso contrário, as maçanetas devem ser desinfetadas toda vez que forem usadas;

2.4.4.Garantir que os dispositivos, tais como audioguias, fones de ouvido e outros equipamentos similares que requerem manuseio sejam sistematicamente desinfetados após cada utilização. Se isso não puder ser feito, suspender o uso;

2.4.5.Estimular campanhas de vacinação contra a gripe para os profissionais de museu, profissionais das empresas terceirizadas, bolsistas, estagiários e público em geral;

2.4.6.Recomenda-se que os trabalhos presenciais tenham duração de 4 horas/dia, no período matutino ou vespertino, em turnos alternados para evitar o uso da copa para refeições;

2.4.7.Desinfecção das áreas comuns e banheiros nos intervalos entre os turnos;

2.4.8.Sugere-se que a instituição avalie a possibilidade de que os servidores do grupo de risco (maiores de 60 anos ou com doenças pré-existentes) possam desempenhar suas funções de forma remota durante a retomada gradual das atividades;

2.4.9.Adotar protocolos existentes para a manipulação e circulação de documentos e de atendimento a usuários.


2.5. Salvaguarda

2.5.1.A equipe de segurança e de orientação de público deve estar presente na recepção e nas salas expositivas para garantir que haja distância suficiente não apenas entre o visitante e as obras em exibição, mas também entre os próprios visitantes; 

2.5.2.Quando da retomada dos trabalhos presenciais, as áreas de guarda e de exposição devem ser vistoriadas para verificação de ocorrências, danos ou perdas;

2.5.3.Definição de prazo e local de quarentena para documentos e itens de acervo que estejam em trânsito ou sejam manuseados.


2.6. Funcionamento dos equipamentos de ar-condicionado

2.6.1.Continuidade das práticas do item 1.5 levando em conta o possível aumento do fluxo de visitantes.


2.7. Formação

2.7.1.Capacitar as equipes de limpeza, segurança e orientadores de público durante este momento incomum, considerando as especificidades do ambiente museológico;

2.7.2.Capacitar as equipes para a criação e gestão de documentos digitais, juntamente com normativa com tutorial.


Considerações finais

Cabe destacar o caráter de RECOMENDAÇÃO deste documento e que a retomada de atividades de trabalho e a reabertura ao público devem ser processuais, em fases, passo a passo, avaliando cada estágio visando a segurança das equipes, dos acervos e dos diferentes públicos que visitam os museus. Estamos cientes de que estamos sendo afetados por um problema de saúde pública e todas as nossas ações convergem para essa particularidade.

Nesse sentido, é necessário que este documento integre as decisões e planejamentos de cada instituição de caráter museológico da USP, ou responsável por acervos, e que a própria Universidade envide esforços financeiros e administrativos, de forma a garantir a execução dessas orientações, potencializando recursos e empenho, tendo em vista a utilização de uma fonte comum de recomendações protocolares.

Reforçamos, ainda, a importância da participação das equipes técnicas durante os processos de planejamento e realização dessas ações, permitindo melhor adequação à realidade da instituição, mantendo e aprofundando as trocas e discussões da Rede para o contexto da USP.

Finalmente, recomenda-se que os museus que não estiverem em condições de atender a essas medidas, estendam seus fechamentos temporários até que seja possível a sua reabertura, com intuito de preservação da vida.


Referências

CECA, ICOM Brasil. Carta Aberta dos educadores museais brasileiros sobre os efeitos da Pandemia de Covid-19 na educação museal no Brasil. http://www.icom.org.br/files/Carta_Aberta_e_Recomenda%C3%A7%C3%B5es_para_Educa%C3%A7%C3%A3o_Museal_no_Brasil.pdf

ICOM Brasil. Museus e o fim da quarentena: como garantir a segurança do público e das equipes. http://www.icom.org.br/?p=1920

IBRAM. Recomendações aos Museus em Tempos de COVID-19. https://www.museus.gov.br/wp-content/uploads/2020/06/Recomendacoes_Museus.pdf

Canal ABRAVA Covid-19. https://abrava.com.br/normalizacoes/canal-abrava-covid-19/

Documento de Posição da ASHRAE sobre Aerossóis Infecciosos.Traduzido sob licença da
ASHRAE. 14 de abril de 2020. https://www.ashrae.org/file%20library/about/position%20documents/ashrae-position-document-on-infectious-aerosols—portuguese.pdf

Ashrae Technical Resources. https://www.ashrae.org/technical-resources/resources

Plano de Retomada das Atividades de Pesquisa no ICB-USP.


Autores – Rede USP de Profissionais de Museus e Acervos

Ana Carolina Delgado Vieira, mestre, conservadora do Museu de Arqueologia e Etnologia

Andrea Alexandra do Amaral Silva e Biella, doutora, educadora do Museu de Arte Contemporânea Anicleide Zequini, doutora, especialista em pesquisa/apoio de museu do Museu Republicano “Convenção de Itu”/Museu Paulista

Aline Antunes Zanatta, mestre, educadora do Museu Republicano “Convenção de Itu”/Museu Paulista

Ariane Soeli Lavezzo, conservadora do Museu de Arte Contemporânea

Beatriz Cavalcanti de Arruda, mestre, especialista em pesquisa/apoio de museu do Museu de Arte Contemporânea

Bianca Maria Abbade Dettino, mestre, especialista em projeto de exposição do Instituto de Estudos Brasileiros

Carla Gibertoni Carneiro, doutora, Museu de Arqueologia e Etnologia

Cibele Monteiro da Silva, mestre, especialista em pesquisa/apoio de museu do Centro de Preservação Cultural

Clebison Nascimento dos Santos, graduado em biologia, conservador do Museu Histórico da Faculdade de Medicina

Célia Maria Cristina Demartini, doutora, Museu de Arqueologia e Etnologia

Cristiane Vitor Pinheiro Maciel, Especialista em Organização de Projetos Culturais e Eventos, assistente Museu de Anatomia Humana do ICB

Denise Cristina Carminatti Peixoto Abeleira, mestre, educadora do Museu Paulista

Edno Aparecido Dario, especialista em projetos de museografia do Museu Luiz de Queiroz da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz

Evandro Carlos Nicolau, doutor, educador do Museu de Arte Contemporânea

Fabiola Margoth Zambrano Figueroa de Miranda, mestre, conservadora do Museu Paulista

Flavia Andrea Machado Urzua, conservadora do Museu Paulista

Francisca Aida Barboza Figols, Museu de Arqueologia e Etnologia

Gabriel de Andrade Fernandes, mestre, especialista em Laboratório do Centro de Preservação Cultural

Gustavo Querodia Tarelow, doutor, especialista em pesquisa/apoio de museu do Museu Histórico da Faculdade de Medicina

Ideval Souza Costa, mestre, Museu de Geociências do Instituto de Geociências

Ina Hergert, conservadora do Museu Paulista Isabela Ribeiro de Arruda, educadora do Museu Paulista

José Hermes Martins Pereira, mestre, especialista em pesquisa/apoio de museu do Instituto de Psicologia

Juan Dyego Marcelo Azevedo, analista administrativo do Centro de Preservação Cultural

Juliana de Lucca, assistente administrativo do Museu de Arte Contemporânea

Luca Hermes Pusceddu, técnico para assuntos administrativos do Parque de Ciência e Tecnologia

Luciane Nogueira Amaral dos Santos, analista acadêmico do Parque de Ciência e Tecnologia

Márcia Fernandes Lourenço, doutora, Museu de Zoologia Marcia Sampaio Barbosa, especialista em conservação e restauro do Museu de Arte Contemporânea

Maria Angela Serri Francoio, mestre, educadora do Museu de Arte Contemporânea

Marília Bovo Lopes, técnica para assuntos administrativos do Museu de Arte Contemporânea

Maristela L. Moreira, chefe da divisão administrativa do Instituto de Estudos Brasileiros

Maurício André da Silva, mestre, educador do Museu de Arqueologia e Etnologia

Mauricio Candido da Silva, doutor, especialista em projeto de exposição do Museu de Anatomia Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia

Michelle de Oliveira Alencar, especialista em pesquisa/apoio de museu do Museu de Arte Contemporânea

Miriam Della Posta de Azevedo, mestre, Museu de Geociências do Instituto de Geociências

Rejane Elias Clemencio, especialista em conservação e restauro do Museu de Arte Contemporânea

Renata Casatti, especialista em conservação e restauro do Museu de Arte Contemporânea

Renata Sant’Anna, mestre, educadora do Museu de Arte Contemporânea

Renata Vieira da Motta, Assessoria Técnica da Reitoria da USP

Rosângela Celina Cavalcante, Museu de Zoologia Sergio Teixeira, Museu Oceanográfico do Instituto Oceanográfico

Silvia Miranda Meira, Livre docente, especialista em pesquisa de museu do Museu de Arte Contemporânea

Tatiana A. Herrmann de Oliveira, especialista em conservação e restauro do Museu Paulista

Tatiana Vasconcelos dos Santos, documentalista do Museu Paulista

Teresa Cristina Toledo de Paula, doutora, especialista em conservação e restauração do Museu Paulista

Vera Filinto, especialista em pesquisa de museu do Museu de Arte Contemporânea

Viviane Wermelinger Guimarães, mestre, Museu de Arqueologia e Etnologia

Viviane Yuri Jon, mestre,Herbário do Instituto de Biologia


Convidados

Joselaine Mendes Tojo, aluna do Programa de Pós Graduação em Museologia

Cristiane Landi de Moraes, aluna do Programa de Pós Graduação em Museologia

Otávio Pereira Balaguer, mestre pelo Programa de Pós Graduação em Museologia

Bruno Fedeli, engenheiro especialista em climatização de museu

Rede USP de Profissionais de Museus e Acervos
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